Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Canto ou não canto o limoeiro aqui ao lado? Ele é tão delicado! Tem um jeito tão puro de se encostar ao muro onde vive encostado...
Canto ou não canto as tetas de donzela que daqui da janela vejo no limoeiro? Elas são tão maduras... E tão duras... Têm uma cor e um cheiro... Canto! Nem serei o primeiro, nem eu sou nenhum santo!
Miguel Torga
Nem eu sou responsável pelo canto do Torga, claro!
1 comentário:
Fantasia
Canto ou não canto o limoeiro
aqui ao lado?
Ele é tão delicado!
Tem um jeito tão puro
de se encostar ao muro
onde vive encostado...
Canto ou não canto as tetas de donzela
que daqui da janela
vejo no limoeiro?
Elas são tão maduras...
E tão duras...
Têm uma cor e um cheiro...
Canto! Nem serei o primeiro,
nem eu sou nenhum santo!
Miguel Torga
Nem eu sou responsável pelo canto do Torga, claro!
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