Não me invejo de quem tem
carros, parelhas e montes.
Só me invejo de quem bebe
a água em todas as fontes.
Cruzamento de uma canção popular alentejana com o exercício O Mapa da Inveja, de um curso destinado à criatividade
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
domingo, 14 de junho de 2020
sexta-feira, 5 de junho de 2020
A Natureza por prenda
Ao ler estas palavras no volume IV do Livro das Mil e Uma Noites achei peculiar que, nesta história, é um presente com as mais belas frutas que agrada à princesa e a remete para a necessidade e privilégio de admirar a Natureza. Ou talvez tenha sido só eu que li assim, neste dia do Ambiente.
Aqui fica:
"Entretanto a princesa, que desde a cessação da correspondência (...) vivia na tranquilidade habitual. Um dia, porém, recebeu um cesto de fruta que o pai lhe enviara, e teve a satisfação de encontrar nele os mais lindos frutos. A surpresa lembrou-lhe que chegara a época, sempre almejada, em que o pomar se revestia das suas melhores galas e durante a qual descia ao jardim para contemplar o deslumbrante espectáculo - favor augusto da Natureza." (p. 33)
Aqui fica:
"Entretanto a princesa, que desde a cessação da correspondência (...) vivia na tranquilidade habitual. Um dia, porém, recebeu um cesto de fruta que o pai lhe enviara, e teve a satisfação de encontrar nele os mais lindos frutos. A surpresa lembrou-lhe que chegara a época, sempre almejada, em que o pomar se revestia das suas melhores galas e durante a qual descia ao jardim para contemplar o deslumbrante espectáculo - favor augusto da Natureza." (p. 33)
Wuwei
"O sem agir (wuwei) é o princípio prático da filosofia taoista e corresponde a um modo de viver que tem por objectivo reconquistar um estado de harmonia perfeita com o Tao, que corresponde a um regresso a ele e à sua serenidade. (...) É um modo de viver que consisite em não fazermos nada de «artificial», convencional ou exclusivamente voluntário, e em nos comportarmos sem tentar forçar as coisas a serem como desejamos, ou seja, termos uma conduta completamente serena, sem esforço e sem tensão, sem interferência no curso natural dos acontecimentos.(...) «sem agir mas sem que nada fique por fazer». (...) O que acontece parece ser apenas o fluir natural das coisas, sob uma influência que tem tanto de real como de transcendente e que garante uma ordem superior no universo. E, uma vez satisfeita a função de cada acção, ela termina naturalmente, sem que nunca haja nenhum dispêndio de energia desnecessário e sem que nunca nos sintamos verdadeiramente responsáveis por ela. (...)
O sem agir implica um saber que lembra o dos grandes artífices, cujas actividades são regidas pela intuição e pelo instinto. (...)
Quem age sem agir assume a origem misteriosa da sua actividade , reconhecendo que até mesmo o que faz «voluntariamente» é igualmente determinado por muitos processos inconscientes e «involuntários», actuando dentro do seu corpo. (...)
O saber associado ao sem agir é tão concreto que se torna até impossível de ensinar aos outros usando palavras, porque é uma espécie de arte, talento ou habilidade natural que não se baseia no domínio de uma técnica, de uma fórmula ou de um método. (...)"
António Miguel de Campos, Comentários sobre a filosofia taoista e sobre a escrita chinesa in Lao Tse, Tao Te King: Livro do Caminho e do Bom Caminhar, pp. 195-197
O sem agir implica um saber que lembra o dos grandes artífices, cujas actividades são regidas pela intuição e pelo instinto. (...)
Quem age sem agir assume a origem misteriosa da sua actividade , reconhecendo que até mesmo o que faz «voluntariamente» é igualmente determinado por muitos processos inconscientes e «involuntários», actuando dentro do seu corpo. (...)
O saber associado ao sem agir é tão concreto que se torna até impossível de ensinar aos outros usando palavras, porque é uma espécie de arte, talento ou habilidade natural que não se baseia no domínio de uma técnica, de uma fórmula ou de um método. (...)"
António Miguel de Campos, Comentários sobre a filosofia taoista e sobre a escrita chinesa in Lao Tse, Tao Te King: Livro do Caminho e do Bom Caminhar, pp. 195-197
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Aprender
Diz-se muito que aprender tem a ver com emoções, com despertar emoções, com estar emocionalmente envolvido.
Eu gosto muito de estudar. E, por vezes, quando compreendo (dentro de mim) uma coisa dou comigo muito emocionada, comovida...Chego a ter o nó na garganta e as lágrimas com vontade de rolar.
Para mim, de facto, aprender é uma emoção!
Eu gosto muito de estudar. E, por vezes, quando compreendo (dentro de mim) uma coisa dou comigo muito emocionada, comovida...Chego a ter o nó na garganta e as lágrimas com vontade de rolar.
Para mim, de facto, aprender é uma emoção!
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