"As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos"
Clarice Lispector
(A versão integral foi-me oferecida num comentário ao post «Inspiração».Vão lá ver!)
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
5 comentários:
Feliz só será…
Feliz só será
A alma que amar.
'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.
Johann Wolfgang von Goethe
E (penso eu...) este amar significa fazer com amor.
Mas é preciso ser muito grande para amar.
Amar assim...incondicionalmente. Entregar-se em cada coisa que se faz.
É muito mais fácil perdermo-nos em recriminações, em «eu dei do que recebi»...em culpas...em acusações...em razões emparedadas.
É preciso ser muito grande para conseguir Amar.
A propósito de desculpas, a mais coerente é a que utilizam os cubanos: "Pagam-me pelo que eu faço, faço pelo que me pagam."
É uma aprendizagem permanente, em que cada vez que conseguimos dar-nos ao que fazemos nos traz um enorme retorno!
E eu sei, pelo que aqui já li, que a Escrivaninha põe amor naquilo que faz. Confesse lá!
"Torceria" a afirmação da Escrivaninha: é preciso amar para ser grande!
Merci...
(é a minha vez de lhe desejar bons sonhos a dormir e boas utopias acordado)
Poema da utopia
A noite caiu sem manchas e sem culpa.
Os homens largaram as máscaras de bons actores.
Findou o espectáculo. Tudo o mais é arrabalde.
No alto, a utópica Lua vela comigo
E sonha coalhar de branco as sombras do mundo.
Um palhaço, a seu lado, sopra no ventre dos búzios.
Noite! Se o espectáculo findou
Deixa-nos também dormir.
Fernando Namora
Muitos evitam sonhar para não sentirem a frustração do sonho jamais alcançado.
São os tais que nunca terão nódoas negras mas, em contrapartida, nunca provarão o mel da vida.
Saudáveis pobres de espírito!
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