quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Eu nunca vira uma Cachoeira!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"-De que é o bolo, moça?
- Aipim e Côco
(depois da primeira dentada)
- Que bom!...Moça...posso perguntar?
- ...
- O côco de que bebemos a água de côco é o mesmo côco de que fez este bolo?
- Sim...não. Quer dizer: o côco da água é côco verde, o côco do bolo é castanho."
Em viagem sempre se aprende!

sábado, 24 de agosto de 2013

Ontem

De novo acima das nuvens!

domingo, 18 de agosto de 2013

Peculiar

Estava na fila da caixa do supermercado e resolvi consultar as horas no telemóvel: eram exactamente 16 h e 16 m. Quando a moça terminou de fazer a conta a despesa foi 11.11 €...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Leituas

"Não é estranho como um livro fica mais grosso depois de ser lido várias vezes? Como se a cada vez, ficasse algo grudado nas páginas. Sensações, ruídos, cheiros… E então, quando folheia novamente o livro, depois de muitos anos, você encontra a si mesmo ali, um pouco mais novo, um pouco diferente, como se o livro tivesse guardado você, como uma flor prensada. Estranha e familiar ao mesmo tempo.” 
Cornélia Funke citada no Facebook

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mais Ricos do que Sabemos

"(...) É-se pobre na medida em que não se é capaz de vender o tempo por um preço suficiente que permita comprar os serviços necessários, e é-se rico na medida em que se é capaz de comprar não só os serviços de que necessita como também os que se deseja. Prosperidade, ou crescimento, tem sido sinónimo de caminhar da autosuficiência para a interdependência, transformando a família de uma unidade de produção laboriosa, lenta e diversificada numa unidade de consumo fácil, rápido e diversificado pago por um aumento da produção especializada."

Ridley, Matt, O Otimista Racional, p. 59

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Entre Palavras

Livre das palavras que pouco me interessam - formulários, relatórios, relambórios burocráticos de final de ano letivo - mergulho agora no mundo das palavras que me apaixonam: A Investigação!

O abuso burocrático da escola só me deixa Agosto para me dedicar a tempo inteiro a investigações a gosto.

Não canso de me fascinar com as possibilidades que a informática nos trouxe!

Guardo, no coração e num armário, o grande ficheiro com fichas de cartão de vários tamanhos compradas criteriosamente na Papelaria Fernandes. Serviu de base ao meu trabalho de mestrado. Depois foram vertidas em palavras escritas que já surgiam num écran.

O Mestrado foi a época da transição. A pesquisa foi ainda feita à moda antiga. A redação e orientação foi feita à moda moderna, arrumando palavras num écran que as levava para o outro lado do Atlântico e as devolvia com observações escritas numa secretária da Universidade de São Paulo.

Hoje já envio naturalmente um mail para o outro lado do Atlântico e saboreio a rápida resposta. Entro na Biblioteca Nacional pelo écran e vejo que tenho ainda de organizar um ou dois dias para ver alguns títulos que parecem ter interesse. Já fiz até downloads de livros! Não gosto de ler "na telinha", confesso, mas se não houver outra forma de ter acesso ao livro ou artigo... E levar um monte de folhas arrumadas num écran! Atravessar o Atlântico muito menos carregada do que nas primeiras viagens, mas levando a mesma quantidade de informação!

Vejo as fotos e os documentos antigos digitalizados. Ponho os dedos no écran e afasto-os até ter o documento num tamanho razoável para ler a caligrafia cuidada de alguém que não assinou o seu nome numa escrita de rotina que não pensou nunca que viria a ser alvo de estudo...Depois penso que um dia os relatórios e relambórios que fiz a contra-gosto serão a matéria de investigação de outro alguém. Eu faço-os sempre cuidados como se tal fosse acontecer. Correspondem a rotinas importantes para avaliar o estado do ensino na atualidade...que um dia será o passado, objeto de estudos históricos e sociológicos.

Talvez não descanse no sentido tradicional das férias. Mas, por agora, tento transmitir pelas minhas palavras o que vou descobrindo nas palavras de outros. Guardadas por outros ainda.

No outro canto da mesa está um romance de Sidney Sheldon sobre um rapaz pesquisador de diamantes. E eu sinto-me assim, também: a pesquisar diamantes, que são as palavras de outros que hoje motivam as minhas. Banho-me nelas, que a época é balnear. Conseguirei transmitir bem o que outros sentiram e passaram? Conseguirei interpretar as ausências de referências nos documentos que têm um ritmo quase tão esclarecedor como o das revelações?

Dizia um conferencista que ouvi a semana passada: «a História é feita de sombras». E eu acrescento de silêncios.

O que calamos da(s) nossa(s) história(s)? Conseguirá o investigador captar a razão de ser desses silêncios?

Talvez não, mas esse é uma das grandes interrogações que me move, e me fascina. Neste Agosto de palavras tantas!


domingo, 4 de agosto de 2013

Justificações

"- Marcello.
- Sim?
- Aquele cipreste...
- Sim, o cipreste...o que é que tem?
- Está ali e...
- E?...
- Não percebo.
- O que é que não percebes, Gonçalo?
- Como é que está ali?
- Foi plantado.
- Sim, está bem, Marcello, eu sei que foi plantado, todos os ciprestes que vimos hoje foram plantados, mas porquê ali, naquele ponto da colina? Porquê só um? Aqui na encosta puseram um; lá atrás estavam cinco, em círculo, no cume; e, antes da curva, os ciprestes acompanhavam a estrada de terra batida como se fossem uma guarda de honra, um desfile. Porque é que foram plantados assim?
- Porque é mais bonito. A paisagem fica mais bonita.
- Marcello, estes ciprestes têm séculos, ainda não havia turismo, ninguém vinha passear para aqui e tirar fotografias e comprar produtos regionais, ninguém vivia da beleza da paisagem. As pessoas tinham era fome...
- Plantaram-nos depois de comer..."

Cadilhe, Gonçalo, Mistério Etrusco in Um Lugar Dentro de Nós, Lisboa, Clube do Autor S.A., 2012, pp. 67-68