Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
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4 comentários:
Apetece-me mais Ary...
Da condição humana
Todos sofremos.
O mesmo ferro oculto
Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta
O mesmo sal nos queima os olhos vivos.
Em todos dorme
A humanidade que nos foi imposta.
Onde nos encontramos, divergimos.
É por sermos iguais que nos esquecemos
Que foi do mesmo sangue,
Que foi do mesmo ventre que surgimos.
Ary dos Santos
O que "vende" o 25 de Abril?
Pouco! E pelos desejos dos patrões da comunicação social, nem venderia nada!
Futebol, fado, Fátima e sangue – eis o que dá dinheiro e não põe ideias libertárias na cabeça de ninguém.
Peço desculpa ao Ary, mas esses senhores não foram paridos pelo mesmo ventre que nós!
A mim apetecia-me mais Ary, mais Revolução, mais País...
Queria muito perceber o que axonteceu a todo o enstusiasmo, a toda a ternura, a toda a força que existia naquela altura...
A maior pate das pessoas não se quer convencer de que a Liberdade implica Responasabilidade! E os «filhos da revolução» cuidaram muito pouco da revolução. E eu estou muito, muito preocupada com este País.
Mas, bem, hoje talvez seja dia de esperança e não de descrença.
Também a mim, já "semos" dois.
Quanto daria para reviver aquilo tudo de novo!
Quanto ao país, acho que andamos há anos laborando num erro com raízes religiosas: tentamos encontrar um deus, um pai – em última análise um responsável que nos ilibe.
Temos que pegar o nosso destino com as nossas mãos, unidas jamais serão vencidas!, lembra-se?
Como diz o poeta:
Cântico da esperança
Não peça eu nunca
para me ver livre de perigos,
mas coragem para afrontá-los.
Não queira eu
que se apaguem as minhas dores,
mas que saiba dominá-las
no meu coração.
Não procure eu amigos
no campo da batalha da vida,
mas ter forças dentro de mim.
Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.
Não seja eu tão cobarde, Senhor,
que deseje a tua misericórdia
no meu triunfo,
mas apertar a tua mão
no meu fracasso!
Rabindranath Tagore
(tradução de Manuel Simões)
Porque todos os dias são de esperança, toda a esperança é possível!
Uma muito boa noite, sonhinhos agradáveis, talvez com marceneiros ternurentos...
Belíssimo cântico!
Só hoje vi esta mensagem, mas tentarei "recuperar" os marceneiros ternurentos para os sonhos de hoje.
Não é voto que se desperdiçe! :-)
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