sexta-feira, 29 de maio de 2009

Receita Culinária de Sucesso

Rechear o frigorífico com fruta da época e depois ir servindo ao longo do dia: cerejas, maçãs, meloa, alperces...

Aditamento ao 'post' anterior

Quero esclarecer que não defendo a abstenção (nem a abstinência, que na linguagem comum é usada com um sentido diferente, embora - fui agora mesmo verficar - no meu dicionário esteja explícito que estas expressões são sinónimos).
A abstenção é aliás um fenómeno que me preocupa e orgulho-me de ainda não ter falhado o meu direito/dever a uma mesa de voto (a não ser uma vez, para o Conselho Directivo da Escola, mas a lista era única...).
Mas é um facto que está cada vez mais difícil votar. Em quem? Ouvi-los não motiva ninguém. E estou profundamente escandalizada com o facto de todos estarem de acordo com a realização das eleições separadas. Podia realizar-se tudo num só dia e poupava-se muuuuiiiiito dinheiro, campanhas, tempo e, certamente, diminuia-se a abstenção, pois para as eleições autárquicas e legislativas a afluência tem sido bem maior que para as europeias.
Votar por projectos? O cepticismo perante a possibilidade de os cumprirem depois instala-se...
Votar por ideologias? Por vezes (muitas vezes) parece que ficaram cativas nas páginas dos livros e no sangue derramado noutros tempos.
Votar nas pessoas, pelo seu aspecto e credibilidade? Risca!
'Tá difícil!...
Votar para dizermos que estamos vivos e atentos, para que não cresça a possibilidade de alguém resolver oferecer-se para nos "tirar dos ombros o fardo de decidir", para evitar que alguém nos alivie dos obrigações desta difícil democracia? Achei! É isso mesmo. Não convém dar-lhes argumentos!
Eu vou votar!

Com os políticos que temos!

"(...) uma campanha esclarecedora e informativa é o melhor contributo para que, no próximo dia 7, os cidadãos tenham todos os elementos necessários para, em consciência, se absterem de votar."

Ricardo Araújo Pereira, Boca do Inferno, Visão nº 847

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ler Portugal

Hoje ao almoço, frente ao Mosteiro da Batalha, estive a ouvir a conversa do grupo de estrangeiros que estacionou na mesma esplanada que eu. Eram americanos, creio.
O grupo tinha «marinheiros de primeira viagem» e outros que já ensaiavam umas palavrinhas em português.
Um desses dizia para os outros que não podiam ver só o Mosteiro da Batalha, tinham de ir também a Alcobaça e Nazaré.
Os outros hesitavam...que a Batalha era muito bonito...
E o «veterano» insistiu:"But it's just a chapter!"

Agilidades

"- Olá! Como está? Há tanto tempo que não a via!
- É o trabalho...
- Ah, pois...Como vai o seu trabalho? Já está quase a acabar, não é?
- Nem me diga nada!...O tempo está a acabar, e...olhe...daqui a uns tempos eu vou estar a roer as unhas das mãos e dos pés!
- Devia frequentar as minhas aulas de yoga!
- Para me acalmar, não era?
- Pois...isso, também...mas, facilitava-lhe muito para roer as unhas dos pés!"

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Relações Fortes

Património é o contrário de Matrimónio?
Relação há, sem dúvida, pois o Matrimónio tem, normalmente, influência no Património - por acrescento ou delapidação súbita.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A comida como assunto (para reflectir, ou talvez não...)

"O sábio fala das ideias,
o inteligente, dos factos
o vulgar fala do que come"

Provérbio Chinês

"Somos o que comemos.
Uns antes, outros após a digestão"

Georges Najjar Jr., Desaforismos

domingo, 24 de maio de 2009

Há pessoas tão grandes

que é impossível dizer coisas sobre elas...a não ser citando as suas palavras.

Estive a ver Edgar Morin, 88 anos, em entrevista - em Português! - na RTPN.

"O dever principal da educação é de armar cada um para o combate vital para a lucidez."

"Se soubermos compreender antes de condenar, estaremos no caminho da humanização das relações humanas."

"O conhecimento é a navegação num oceano de incertezas, entre arquipélagos de certezas."


Todas estas frases foram colhidas no livro "Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro", escrito após uma solicitação da UNESCO, em 1999.
Fascinante!

Em tempo de eleições

fala-se sempre em questões de memória: que a memória é curta...que o que fica são as últimas impressões...blá, blá, blá. Reencontram-se caras e discursos, procura-se na memória outras campanhas e associar rostos e episódios...

E, nem de propósito, naquele livro que já aqui referi, encontro a seguinte definição:

"MEMÓRIA
Você pode não se lembrar do nome de nenhum político, mas, com certeza, alguns deles você lembra de quem são filhos."

Georges Najjar Jr, Desaforismos, p. 82

sábado, 23 de maio de 2009

Amar assim...

"Eu vou te dar alegria
Eu vou parar de chorar
Eu vou raiar o novo dia
Eu vou sair do fundo do mar
Eu vou sair da beira do abismo
E dançar e dançar e dançar
A tristeza é uma forma de egoísmo
Eu vou te dar eu vou te dar eu vou"

Alegria, composição de Arnaldo Antunes, Maria Bethânia, Imitação da Vida, 1997

sexta-feira, 22 de maio de 2009

As Voltas que a Vida dá!...

Eu sei, é um lugar-comum. Mas...às vezes...se ele é comum é porque acontece muitas vezes... e não vejo outra forma de traduzir o que senti há pouquinho.
Eu conto (afinal foi para isso que comecei este 'post').
Na minha hora de almoço tento sempre encontrar algo na televisão para me fazer companhia. Como costumo almoçar bastante tarde esbarro com uns programas de entretenimento (dizem eles, porque a mim não me entretêm) em que umas pessoas guincham e rodopiam nos vários canais nacionais e uma qualquer abordagem de um tema da actualidade no canal 2, o que também é maçador para acompanhar e colorir uma refeição.
Normalmente "estaciono" no Cartoon Network e actualizo o meu repertório de Scooby Doos e de Top Cats, mas hoje estava a começar um filme no canal Hollywood e eu parei ali. Era o "You've got a message", com a Meg Ryan e o Tom Hanks. Fiquei a ver um bocadinho e a recordar a primeira vez que vi o filme, em que tudo aquilo me parecia uma história muito americana, quase ficção científica para mim.
Depois, levantei-me da mesa do almoço e dirigi-me à do computador para recomeçar o trabalho. Liguei o 'Messenger' para ver se algum dos amigos estava online e teria algo para me dizer e fiz uma ronda por alguns blogues antes de me decidir a reiniciar a escrita do meu trabalho.
Conhecem outra maneira para descrever esta situação além do lugar-comum com que intitulei isto? Eu não!
(E também é uma alegria quando I've got a message, of course!)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Receita para a Vida

"Ontem à noite, pus-me a reflectir
nas coisas da vida, em vez de dormir
(...)
Não fosse o sentido de humor apurado
que me faz viver um sonho acordado
não via tão claro o sentido da vida
e tudo seria bem mais complicado"

Utilidade do Humor, letra de Carlos Tê para interpretação dos Clã

O Medo deixa destinos por cumprir...

"Quando o carteiro chegou,
e o meu nome gritou,
com uma carta na mão.
Ante surpresa tão rude,
nem sei como pude
chegar ao portão.

(...)

Porém não tive coragem
de abrir a mensagem
porque na incerteza,
eu meditava e dizia:
Será de alegria? Será de tristeza?
Tanta verdade risonha
ou mentira tristonha,
uma carta nos traz.
Assim, pensando rasguei, sua carta
e queimei, para não sofrer mais."

Mensagem, de Cícero Nunes e Aldo Cabral, cantado por Maria Bethânia em Imitação da Vida (1997)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não se encolher no «Portugal dos pequeninos»

Foi ontem a Gala dos Globos de Ouro da SIC. Um grande espectáculo, por sinal.
Fez-me ter saudades daqueles espectáculos de «Variedades», em que passavam os nossos artistas, nós cantarolávamos qualquer coisa e comentávamos os fatos, as medidas e os rejuvenescimentos ou envelhecimentos...daqueles espectáculos que toda a gente comentava no dia a seguir... no tempo do monocanal, claro. Quer dizer, no meu tempo sempre foram dois, mas toda a gente comentava os programas do primeiro e muito poucos os do segundo...
Bem, mas não foi uma nota nostálgica que eu resolvi «postar» (isto já é verbo?) aqui. Muito pelo contrário. Foi uma nota de admiração pela coragem do nosso Feio, que eu ontem achei Lindo.
Começando pelo princípio: António Feio foi convidado para entregar um Globo de Ouro. Ele nunca recebeu nenhum, facto notado por Barbie Guimarães, anfitriã da noite.
Comportando-se como se estivesse ali para o receber, António Feio efectuou alguns agradecimentos e, em meu entender, deu uma «bofetada com luva de pelica» ao país, aos liliputianos (e às liliputianas também, claro) que fazem disto, às vezes, um «Portugal dos Pequeninos».
O António Feio foi então um Gulliver ao agradecer ao seu pâncreas, pois parece ser graças a ele que tem sido ultimamente convidado para todo o lado, saído em tudo o que é comunicação social (e também no Jornal 24 horas) e foi até capa de revista!...

Fiquei muito emocionada com a força e a coragem daquele homem que, em vez de se agachar e agradecer muito o interesse que toda a papelada tem tido pela doença dele, basicamente para o declarar «com os pés para a cova», acusou o país (com muita elegância e humor) de um certo gosto necrófilo, que só se interessa pelas pessoas quando lhes cheira a morte, a desgraça, a vale de lágrimas, a fatalismo, a um fado desgraçado qualquer.
Grande António Feio, que não só se propõe enfrentar a doença, como o país que passa de leve pelo seu excelente trabalho e faz reportagens de fundo com os seus problemas de saúde; ignora aquilo por que ele é responsável, e explora aquilo de que ele não tem culpa nenhuma.
Não só Feio, como Forte. Forte e Feio, como o título do seu livro.
E infinitamente Lindo pela coragem demonstrada!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Coincidências...

O Cristo Rei e a Barbie têm a mesma idade: 50 anos!
Nunca fui ao Cristo Rei e nunca tive uma Barbie.

Conhecer

"A mente é um caos de deslumbramento." C. Darwin
Frase colhida na exposição patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa

Têm a certeza?

Estamos cansados de ouvir falar da nossa falta de cultura, do baixo índice de leitura dos portugueses ou da sua fraca adesão à cultura!
Interiorizámos isso e já ninguém duvida.
Mas eu tenho uma opinião diferente, fruto de uma investigação aturada, que me tem consumido muito tempo ultimamente.
Passo a referir o campo de recolha das informações:
- A excelente exposição sobre Darwin, que a Gulbenkian exibe até 24 de Março (dados recolhidos no sábado à tarde)
- A renovada Feira do Livro de Lisboa - dados recolhidos no domingo de manhã e de tarde
- A peça de teatro "Os Maias no Trindade", exibida ontem no Teatro José Lúcio da Silva em Leiria (estes dados são tão recentes, que ainda nem dormi sobre o assunto).
Pois qualquer um destes eventos estava cheio de gente. E muitas das pessoas eram jovens.
Portanto, eu acho - desenvolvi agora esta teoria - que a nossa caracterização de nós mesmos enquanto país, em termos culturais, é assim como um complexo de adolescente: por mais que nos digam que somos bonitos ou inteligentes, na adolescência, estamos naquela fase em que tudo parece difícil, em que a nossa vida é a pior de todas e em que qualquer problema se avoluma até ao nível de uma verdadeira tragédia grega.
Tal como nos complexos adolescentes, pouco disto é verdade. Nós só não vemos o nosso potencial e as nossas qualidades enquanto país, porque somos nós mesmos. Ninguém é bom juíz em causa própria e é só por isso que não vemos. Mas...temos um nobel da literatura, autores traduzidos pelo mundo inteiro, investigadores nas Universidades inglesas e americanas, os Buraka Som Sistema fazem a loucura no Japão e o cão do Obama é português!!!
Pronto, mas nada disto me tinha verdadeiramente convencido até fazer esta sofrida investigação de campo (tudo por amor à ciência e ao rigor das afirmações) em que tive de visitar uma Exposição, frequentar a Feira do Livro e assistir a uma Peça de Teatro. Agora ninguém mais me convence do contrário: quando as iniciativas são de qualidade o público adere!
(Quando não são também, como todas aquelas pessoas que dormiram à porta do Dolce Vita Tejo para a abertura, mas dessas, nós e o Tony Carreira, nunca duvidámos)
Temos a mania de caluniar a cultura dos portugueses, porque sim...Não são todos que lêem? Pois não. Não são todos que visitam exposições? Pois não. Mas alguma vez foram?...
Deixemos este pessimismo em que nos embrulhamos há anos e recebamos os aplausos que merecemos por nos levantarmos todos os dias e pormos o país a funcionar, dadas as qualidades (evidentes) de quem nos dirige e de todos os que se candidatam a fazê-lo nas campanhas que se avizinham.
«Viva Nós!»

terça-feira, 12 de maio de 2009

Brinc-adeiras


"O brinco da tua orelha
sempre se vai meneando
Gostava de dar um beijo
onde o teu brinco os vai dando"
António Botto, cantado por Carlos Mendes
(Nota esclarecedora: A orelha é minha; a foto foi o Rui que tirou)

O Vasco Granja e eu

Dito assim parece importante. Parece que eu conheci pessoalmente o Vasco Granja. Quer dizer, quase que é verdade...
Vi nas revistas do fim de semana que o Vasco Granja, o homem da animação, tinha morrido.
Lembro-me, (como toda a gente, penso) dos seus programas de televisão. Alguns dos "bonecos" intrigavam-me muito, pois não eram tão vivos nem tão divertidos como os da Walt Disney, que eu devorava (como toda a gente, penso).
Mas - e é aqui que eu me destaco de "toda a gente" - lembro-me de um episódio que é só meu, que é a minha memória pessoal do Vasco Granja.
(Se pudessem ver o ar de importância que eu exibo agora...)
Estava eu a jogar à bola com a Paula, na rua da minha avó, em pleno centro da Amadora, quando ouço alguém, que passava perto, espirrar. Acto contínuo (fruto de um treino caseiro, tipo pavloviano, que nos obrigava a expressões estereotipadas reflexas, como atchim-santinho, obrigada-de nada, com licença-faça favor e etc) eu digo "Santinho". Qual não é o meu espanto quando encaro a pessoa que me dizia "obrigado" e ele era, nem mais nem menos que o senhor que apresentava os bonecos na televisão, de braço dado como uma senhora com ar de esposa.
O meu espanto foi tão grande, a minha emoção tão forte, que fiquei boquiaberta a fitar o senhor. Ele sorriu e fez-me uma festa numa bochecha.
Estão a ver a importância disto? O senhor da televisão, que apresentava os bonecos, fez-me uma festa numa bochecha! Hã? Quantos de vós se podem gabar do mesmo? Sou ou não sou especial?
Só é lamentável eu não me lembrar se a bochecha foi a esquerda ou a direita. Deve ter sido a direita. Digamos que foi a direita, para completar a história com mais exactidão.
E esta é a minha memória pessoal de Vasco Granja, que me coloca acima de muita gente que só o via na televisão.
Só agora soube dos seus problemas com o regime de Salazar e da sua actuação como anti-fascista. Só podia ser! Um homem com a cultura dele...
Mas nada disso tem tanta importância como o facto de ele ter sorrido para mim e me ter feito uma festa numa bochecha - a direita - já tinha decidido que me lembrava que era a direita.

Special but not Easy

"Procuro um amor
que seja bom p'ra mim
Vou procurar
eu vou até ao fim

E eu vou trata-la bem
para que ela não tenha medo
quando começar
a conhecer os meus segredos"

Ezspecial, Procuro um amor (original de Roberto Frejat)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Elvis está vivo, no Magoito?

Não fui eu que inventei.
Ouvi agora no rádio. Na publicidade do gasóleo da Galp.

Como se fosse possível!

"Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada
onde só quero ser feliz"

Jorge Palma; Encosta-te a Mim

Regressada

de um fim de semana cheio de coisas boas...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Antigualhas

Fui ao banco, agora mesmo.
Precisava que me esclarecessem sobre um assunto.
A menina que me atendeu era muito jovem - deveria ser estagiária - e teve de pedir ajuda a outra mais velha e mais experiente, que já uma vez me disse que se recordava de ter sido aluna numa das escolas onde trabalhei.
Ali ficaram as duas a olhar para o écran, a trocar impressões e a dar-me explicações.
Muito bem arranjadas, como creio ser obrigatório naquele tipo de trabalho. Uma estava de verde, a outra de preto, com adornos e maquilhagem a condizer...e ambas a mascar pastilha elástica.
Apeteceu-me apontar o caixote do lixo, como professora no início da aula. Em vez disso, mantive-me sorridente e atenta, agradecendo os esclarecimentos.
Vim para casa a sentir-me velha e rezingona! Será que não faz parte do código de conduta que, além de bem vestidas, não masquem pastilha enquanto atendem o público? Pelos vistos não.

Bernhard Schlink

No Verão passado li «O Regresso» de Bernhard Schlink.
Tive com esse livro uma relação muito forte. Primeiro que tudo apaixonei-me pela capa, numa tarde quente ainda de trabalho e não o comprei logo. Mais tarde procurei-o e encontrei-o apenas descrevendo a capa ao livreiro. Já isto foi invulgar…
Comecei a lê-lo e tive a sensação – como nunca tinha tido – de que aquela era uma escrita masculina.
Que sei eu de literatura para fazer esta afirmação? Não é uma afirmação de especialista, de conhecedora: é uma afirmação ditada pelo que senti. Durante toda a leitura do livro tive a sensação de que estava a dialogar com um homem, a conhecer “por dentro” um homem. Com os seus dilemas sobre a justiça e a ética, a moral e o sentimento, os medos e os segredos; os segredos que todos guardam dentro de si e que, por vezes, nos fazem viver uma vida de aparências.
Vivi agarrada ao livro durante vários dias do Verão. Terminei de o ler num dia muito quente, em que, em viagem, aportei a Mirandela e me instalei numa esplanada sobre o rio. Deu-se ali o fim do meu diálogo com aquele homem que escrevia o livro, para mim. O final foi desconcertante e durante muito tempo andei zangada (creio que incomodada) com o fim daquele diálogo.
Na semana passada, quando vi o anúncio do filme «O Leitor» reconheci os mesmos cenários e a mesma teia. Ontem lá estava eu, ávida de continuar aquele diálogo com Bernhard Schlink ou com as suas personagens, que devem ser muito autobiográficas.
Lá estava tudo outra vez: a paixão pelos livros; a Odisseia, de Homero; a relação desconexa entre moral e sentimentos, entre justiça e moral, entre sentimentos e justiça; o certo e o errado, a ferro e a fogo nas nossas vidas e os segredos, os segredos, as mentiras e as culpas que escavam vidas por dentro.
Foi muito bom reencontrar Schlink, nesta outra narrativa cujo final foi também algo desconcertante.
Um dia, quando voltar a ler livros sem a preocupação de “os fichar”, vou ler «O Leitor» e o que mais haja por aí de Bernhard Schlink.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O poder deste blogue

Devo confessar que estou emocionada, muito emocionada.
Por ver que, em resposta às observações feitas neste blogue, já surgiu um novo cartaz de Manuela Ferreira Leite, com tons mais claros e menos assustadores.
Fontes pouco seguras informaram-me que foi já constituída uma comissão (que se encontra em reunião permanente) para criar, com a candidata, um anúncio ao estilo da Triumph.