Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Eu tenho o tempo, Tu tens o chão, Tens as palavras Entre a luz e a escuridão. Eu tenho a noite, E tu tens a dor, Tens o silêncio Que por dentro sei de cor.
E eu, e tu, Perdidos e sós, Amantes distantes, Que nunca caiam as pontes entre nós.
Eu tenho o medo, Tu tens a paz, Tens a loucura que a manhã ainda te traz. Eu tenho a terra, Tu tens as mãos, Tens o desejo que bata em nós um coração.
E eu, e tu, Perdidos e sós, Amantes distantes, Que nunca caiam as pontes entre nós.
2 comentários:
Pontes entre nós
Eu tenho o tempo,
Tu tens o chão,
Tens as palavras
Entre a luz e a escuridão.
Eu tenho a noite,
E tu tens a dor,
Tens o silêncio
Que por dentro sei de cor.
E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós.
Eu tenho o medo,
Tu tens a paz,
Tens a loucura que a manhã ainda te traz.
Eu tenho a terra,
Tu tens as mãos,
Tens o desejo que bata em nós um coração.
E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós.
Pedro Abrunhosa
http://www.youtube.com/watch?v=oXRQYsrnZqA
ver-te assim abandonado
nesse timbre pardacento...
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