quarta-feira, 28 de abril de 2010

Já passava um bom quarto de hora do início da aula, quando o rapazinho abriu a porta sem pedir licença e tentou esgueirar-se para o seu lugar.
- Ó rapazinho?!...Porque é que vens a esta hora? - perguntei visivelmente irritada
- Atrasei-me - respondeu o «jovem» sem dar grande importância à questão.
- Ah! Ainda bem que me dizes! Estava convencida que vinhas adiantado para a aula a seguir.
Uma parte da turma riu-se. Alguns fizeram comentários entre eles.
O «jovem» não tinha, visivelmente, percebido nada. O colega de carteira esclareceu-o: - A s'tôra 'tá a ser «irótica».

4 comentários:

Escrivaninha disse...

E a aluna que, depois de eu ter contado a anedota das duas caveiras de D. Sebastião que estavam num museu (e dos que perceberam se terem rido) colocou o dedo no ar, para esclarecer - de facto - se as caveiras eram ambas de D. Sebastião?
(eu era muito nova e, desde aí, achei que era melhor não inserir anedotas nas aulas. "Just in case...")

Espero estar perdoada por ter razões «de ordem traumática» para estar escaldada quanto à utilização da ironia.

Ninguém.pt disse...

Quem seria o insensível capaz de não perdoar tudo a um móvel tão útil quanto uma Escrivaninha?

Mas, a propósito, como concluíram que a segunda caveira também era do D. Sebastião?...

(Pira-te!)

Escrivaninha disse...

Então eu conto a anedota (uma das primeiras anedotas ligadas a grupos profissionais que me lembro de aprender - os gráficos devem ter as deles, presumo):
Era um guarda de museu - cicerone, chamava-se na altura - que adorava e enaltecia quase tudo o que tinha no museu, para fascinar os seus visitantes. Quando chegava à última sala, rematava assim a visita: «Aqui estamos perante as duas caveiras de D. Sebastião: esta, de quando ele era pequenino e esta de quando morreu em Alcácer-Quibir!"

Ninguém.pt disse...

Agora, por falar nisso, fiquei preocupado... Quem terá ficado com a minha caveira de pequenino?

(Obrigado pelo momento de boa disposição. Um dia retribuirei, prometo.)