domingo, 23 de setembro de 2018

O hábito em que habito

Qual super heroi quando enverga o seu traje, eu, com um fato de desporto, sinto-me uma atleta.
E foi um fim de semana de manhãs passadas a caminhar junto ao mar. No meio do intenso nevoeiro a linha da água era pressentida pelo som e pelo odor a maresia e, quando mais distraída, pelo sentir da água nos pés.
Ao chegar à cidade, aquela montra espelhada do banco estraga tudo: então não é que a adiposidade situada na zona abdominal ainda lá está?
Maldita realidade! Eu sentia-me tão bem até ao espelho...

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Se tembro? Tembro, pois!

Novo ano escolar!
Fiz de tudo para não me entusiasmar. Eu sei que me vou desiludir; que os homens de negro do educamento vão matar a maior parte das iniciativas...que tudo vai ficar aquém e com muito menos encanto...
Mas hoje disseram-me quais vão ser as minhas turmas. E desde aí eu não paro de pensar no juramento de fidelidade nas últimas aulas do 7ºB, na mudança que houve no 7ºC e nos progressos, ainda que pequeninos no 7ºE. Eles vão ser todos outra vez meus alunos. E se eles esperarem de mim metade do que eu espero deles já a responsabilidade é muita. E eu quero muito corresponder a essa responsabilidade.
Quero ser diferente, não posso ser indiferente.
Estou ali a consultar e a folhear muitos, muitos livros. Na minha cabeça fervilham as músicas e filmes que podemos usar nas aulas...
Eu não devia, eu sei que não devia, mas eu nunca gostei de fazer o que devia, sobretudo se não perceber a relação entre o deve e o haver.
E vai haver, eu sei que vai haver uma contabilidade positiva naqueles olhos adolescentes que até querem aprender e sobretudo que sabem que eu os oiço e os adoro.
Eles sabem, eu sei e os outros também sabem e é isso que lhes doi.
Paciência. ponham pomada. Porque para mim vale tudo a excitação em que estou desde a manhã e as saudades que tenho dos meus meninos.
Vou tentar, no entanto, viver de outros projetos fora do espaço de Cister, da alçada da Escola D. Inês que, de história tão infeliz, exala muita amargura.
Até pensei em fazer piqueniques e passeios com a minha gente!
Obrigada, meu Deus por me permitires ainda viver estas alegrias, rasgando o receio em que tento proteger-me.
Feliz Ano Novo!