segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Candura

Primeiro tempo da manhã.
- Quero pedir-vos desculpa por não trazer os testes, mas, como estive doente...
- Esteve doente, Professora?
- Sim e...
- Já está bem?
- Já, sim, obrigada.
- Isso é que importa!
E o sorriso genuíno daquele rapazinho simples iluminou todo o meu dia.

Recordei-me de um texto de José Tolentino Mendonça: "Não há dia nenhum em que não nos visite um anjo: acompanhando a trajetória do nosso arco irresolúvel, sacudindo-nos da caliça do desâimo e do sono, guiando-nos, para lá do cerco, ao instante límpido."

O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas, p. 162