Hoje é Dia Internacional dos Museus e o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC - não confundir com o índice de massa corporal, que andam para aí todos a avaliar, agora que espreita o Verão) escolheu para o comemoração deste ano o tema «Museus e Harmonia Social».
Até ao dia 30 de Maio há uma campanha de desconto nas lojas dos museus, dependentes deste organismo e na loja do Palácio Foz.
Pode ser uma óptima oportunidade: há sempre coisas tão lindas por lá, mas com preços a condizer com a beleza...
A informação foi recolhida em http://www.ipmuseus.pt/
Boas Compras! (Quem é amiga, quem é?)
3 comentários:
É a Escrivaninha, claro!
(De vez em quando, um pouco de graxa à stôra também não faz mal, pois não?)
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
Cecília Meireles
É inútil tudo
Chega através do dia de névoa alguma coisa do esquecimento,
Vem brandamente com a tarde a oportunidade da perda.
Adormeço sem dormir, ao relento da vida.
É inútil dizer-me que as acções têm consequências.
É inútil eu saber que as acções usam consequências.
É inútil tudo, é inútil tudo, é inútil tudo.
Através do dia de névoa não chega coisa nenhuma.
Tinha agora vontade
De ir esperar ao comboio da Europa o viajante anunciado,
De ir ao cais ver entrar o navio e ter pena de tudo.
Não vem com a tarde oportunidade nenhuma.
Álvaro de Campos
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