Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Todo jardim deveria ter um jasmim-do-cabo, aquela flor que perfuma, embalsama, derrama óleo grosso nos pés da noite. Todo jardim deveria ter um jasmim-do-cabo, o dia transcorreria em agonia, mas a lua viria desatar os laços da magia e nos tiraria o fôlego. Todo jardim deveria ter um jasmim-do-cabo, absorveríamos no pulmão uma torrente de pétalas brancas e voaríamos como anjos tocando banjos na noite.
3 comentários:
Jasmim-do-cabo
Todo jardim deveria ter um jasmim-do-cabo,
aquela flor que perfuma,
embalsama,
derrama óleo grosso
nos pés da noite.
Todo jardim deveria ter um jasmim-do-cabo,
o dia transcorreria em agonia,
mas a lua viria
desatar os laços da magia
e nos tiraria o fôlego.
Todo jardim deveria ter um jasmim-do-cabo,
absorveríamos no pulmão
uma torrente de pétalas brancas
e voaríamos como anjos
tocando banjos na noite.
Raquel Naveira
Tão lindo!
Eu deveria criar uma nova etiqueta para as fotografias: «Pretextos para receber palavras».
Obrigada, Mestre!
Nada de agradecimentos, porque se vamos por aí ficaremos aqui agradecendo o agradecimento. E, afinal, é a Escrivaninha quem fornece os pretextos...
Lua alta
Lua alta
E por trás
De tantas nuvens
Brilham estrelas...
Aqui,
Por trás desta neblina,
Brilho também...
Sozinha
E acompanhada
De mim
E de mais ninguém...
Não direi mais nada
É o silêncio que mais convém...
Agradecida,
A Lua
Sussurra:
Amén...
Ana C. Pozza
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