Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
4 comentários:
«Berço de sereias procurando abrigo.»
E a serra?, e o Cabo Mondego?, e as gentes?
Obrigado! Estou comovido.
Que gentileza, pôr rosas a enfeitar as mesas, que gentileza em mostrá-lo!
Rosa sem espinhos
Para todos tens carinhos,
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor!
Se a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar,
O mais que lhe fazes, rosa,
É sorrir e é corar.
E quando a sonsa da abelha,
Tão modesta em seu zumbir,
Te diz: «Ó rosa vermelha,
» Bem me podes acudir:
» Deixa do cálix divino
» Uma gota só libar...
» Deixa, é néctar peregrino,
» Mel que eu não sei fabricar ...»
Tu de lástima rendida,
De maldita compaixão,
Tu à súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?
Tanta lástima e carinhos,
Tanto dó, nenhum rigor!
És rosa e não tens espinhos!
Ai !, que não te entendo, flor.
Almeida Garrett
Não se iluda, Mestre. Todas as rosas têm espinhos...
Gostei muito da Figueira da Foz. Foi um belo dia, hoje.
Obrigada pelo poema. Bons sonhos, com o marulhar das ondas da sua terra natal.
Bons sonhos, talvez com esplêndidas vistas debaixo de centenários pinheiros-mansos da Serra da Boa Viagem.
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