sexta-feira, 28 de maio de 2010

Abandono: "Palavra-Despertador"

Ver também 'post' de 31 de Agosto de 2009: "Eu estava lá!"

6 comentários:

Ninguém.pt disse...

Pensamento do dia:

«Abandono: uma jangada que sai sem você dentro dela.»

Adriana Falcão

Ninguém.pt disse...

«[…] um abandono breve, como as mãos no acto de dar.»

Dar(-se) não é mais do que um abandono? Então abandono é muitas vezes ficar (ou partir) acompanhado...

Interioridade

Aqui estou, cercada de mim,
melancolia trazida
do interior de um bosque,
silhueta a preto e branco
na figuração de um pássaro em voo lento.

Há quanto tempo,
só eu sei quanto,
as amarras de um barco
se quebraram
no interior frágil
do instante em que fui vento,
ou apenas um abandono breve,
como as mãos no acto de dar.

No ângulo do grito e da língua
se explica a leveza das lágrimas,
circunfluência no interior das pálpebras,
longínquo lago na cintura dos lábios.

Cheguei ao lugar onde se cruzam
todos os ventos sem hálito
e chamo pelo nome os frutos e a fome,
para que ninguém se comprometa
ao tocar nos meus ombros.


Graça Pires

Ninguém.pt disse...

Ah, esqueci de fazer uma declaração de voto (não devoto...): não sendo, como disse, fã de Amália, a versão dela desta canção é muito melhor do que a da "Amália Hoje".

Mas gostos não se discutem!

(Então o que fazemos passando a vida a discutir?)

Escrivaninha disse...

Creio que concordamos em gostar de discordar!

Eu adoro Amália Hoje! Todinho!

(Mas, claro, isto não tem discussão: só declarações de votos, de devotos ou não).

Ninguém.pt disse...

O Humorista explica como:

«Ser diplomata é discordar sem ser discordante.»

Millôr Fernandes


O Poeta explica porquê:

«[…] Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
[…]»


Vinícius de Moraes

Escrivaninha disse...

Salve, Mestre!
Eu estou em reportagem de exterior.
:-)