Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
2 comentários:
Moinho de versos
moinho de versos
movido a vento
em noites de boémia
vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia
Paulo Leminski
(Deixa-me sair de mansinho, não vá a Miss ainda estar zangada...)
Um poema de homenagem aos "gordos"...
Moinho sem velas
Meu moinho abandonado,
meu refúgio de inocente,
meu suspiro impertinente,
meu social transtornado.
Meu sussurro de oceano,
meu ressoar de caverna,
minha frígida cisterna,
minha floresta de engano.
Minha toca de selvagem,
meu antro de vagabundo,
minha torre sobre o mundo,
minha ponte de passagem.
Meu atributo coitado,
meu tanger de hora serena,
rolo de pedra morena,
silêncio petrificado.
António Gedeão
(!?...)
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