Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Pão-de-ló (de que não gosto...) faz-me sempre lembrar esta aguarela, que ganha cores ainda mais vivas quando dito pela voz do último trovador português – Pedro Barrôso. Lamentavelmente, não consegui encontrar o vídeo, lamento muito!, mas posso enviar-lhe a música, se quiser.
Olha! De TGV é que nunca mais comíamos o pão-de-ló!... Ah, mas até chegar o TGV temos tempo de engordar a comer docinhos (mesmo os que não são dados à engorda, por um qualquer mistério divino) Bjinho
5 comentários:
Pão-de-ló (de que não gosto...) faz-me sempre lembrar esta aguarela, que ganha cores ainda mais vivas quando dito pela voz do último trovador português – Pedro Barrôso.
Lamentavelmente, não consegui encontrar o vídeo, lamento muito!, mas posso enviar-lhe a música, se quiser.
De tarde
Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde
Só por curiosidade, o que alfeizereram? Voltaram para trás, presumo...
Com tanta insistência será que vão construir uma estação do TGV em Alfeizerão??? Bj
Só voltamos a Alfeizerão depois de um mergulhinho em S. Martinho do Porto.
Olha! De TGV é que nunca mais comíamos o pão-de-ló!...
Ah, mas até chegar o TGV temos tempo de engordar a comer docinhos (mesmo os que não são dados à engorda, por um qualquer mistério divino) Bjinho
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