Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
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5 comentários:
Lembro-me ou não? Ou sonhei?
Lembro-me ou não? Ou sonhei?
Flui como um rio o que sinto.
Sou já quem nunca serei
Na certeza em que me minto.
O tédio de horas incertas
Pesa no meu coração.
Paro ante as portas abertas
Sem escolha nem decisão.
Fernando Pessoa
Uma boa noite, decididamente boa!
Com sonhos fluindo como rio calmo e pleno de peixe...
«[…]
Me he decidido a vivir
y creo afirmar que mi poesía
se ha convencido de ello
Me he decidido a vivir
a la manera de los gorriones
y de las aves sencillas
a la manera de una lluvia
que me hace estornudar
a la manera de entender
lo poco que entiendo»
Mario Meléndez
em «Me He Decidido A Vivir»
Miss, agora com esta operação de salvamento dos mineiros chilenos de uma das minas do Deserto de Atacama, não conseguirei abrir-lhe o apetite para um outro livro de Luis Sepúlveda, chamado precisamente "As Rosas de Atacama"?
É um livro de contos de viagem pelo Chile, cheio de poesia e que nos leva a desejar ter um saco-cama e uma tenda e estar com o escritor visitando o país dele.
Que coisa incrível, não é?
Estou tão emocionada! E, mais uma vez, maravilhada, com esta aventura humana, este percurso que terá começado com o fabrico do primeiro biface e que hoje consegue gerar aparelhos que salvam pessoas das profundezas da Terra. E que esperança que isto me dá para o futuro!
Em relação ao Sepúlveda, eu tenho a sansação que peguei e larguei um livro dele...terá sido Patagónia Express, ou qualquer coisa assim?...Mas, sim, contos de viagem, parece-me uma sugestão aliciante...não sei para quando que os testes estão a começar e a burocracia na escola adensa-se em nuvens de formulários, organizados em quadrículas minúsculas, repetitivas e, na sua maior parte, inoperantes.
Mas, rejubilemos, porque existe no Mundo uma vontade de fazer melhor, de ir mais longe, de não desistir de ninguém, de salvar todos aqueles que pudermos, das profundezas da Terra e das da ignorância, também.
Hoje voltei a sentir-me muito optimista, com o mundo, com a minha atitude perante o mundo (apetecia-me dizer com «este mundo e o outro»).
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