terça-feira, 12 de outubro de 2010

Amar, Orar e Comer - O filme

Fica a vontade de ter a coragem da protagonista...sobretudo sem termos a certeza de que alguém nos escreveria um guião assim!...

3 comentários:

Ninguém.pt disse...

E que tal escrever o seu próprio guião, Miss?

Lembre-se: «caminante, no hay camino, / se hace camino al andar».

O sonho

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance

de fazer aquilo que quer.



Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.



As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.

Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.



A felicidade aparece para aqueles que choram.

Para aqueles que se machucam

Para aqueles que buscam e tentam sempre.

E para aqueles que reconhecem

a importância das pessoas que passaram por suas vidas.


Clarice Lispector

Escrivaninha disse...

Ah...mesmo assim, acho que tenho escrito umas partes importantes do guião. Uma delas foi construir uma vida aqui e creio que não quero abandoná-la. Sobretudo porque me faltaria o apoio dos bons amigos que aqui me rodeiam.
Mas talvez um dia «dê uma virada». Não digo que não. Tenho de pensar melhor no argumento, nos protagonistas e no custo de produção. Acho essencial pensar em tudo isso antes de me pôr a fazer fitas. :-)

Ninguém.pt disse...

Acho muito mau não pensar também nos apenas figurantes, Miss. Os amigos daí, mas também os de Itália, da Índia, da Indonésia... os conhecidos e os ainda por descobrir.

Nem todos podem ser protagonistas, mas a figuração cria o ambiente do filme, como o guarda-roupa, a música e a luz.

O carteiro e o poeta
(trecho)

[…]
Mas também queria
pedir uma coisa, Mario,
que só você pode cumprir.
Todos os meus outros amigos
ou não saberiam o que fazer
ou pensariam que sou um
velho caduco e ridículo.
Quero que você vá com
este gravador passeando
pela Isla Negra e grave todos
os sons e ruídos que vá encontrando.
Preciso desesperadamente de algo,
nem que seja o fantasma da minha casa.
A minha saúde não anda
nada bem. Sinto falta do mar.
Sinto falta do mar.
Sinto falta dos pássaros.
mande para mim os sons
da minha casa. Entre no jardim
e faça soar os sinos.
Primeiro grave esse repicar suave dos
sininhos pequenos quando o
vento bate neles, e depois puxe
o cordão do sino maior cinco, seis
vezes. Sinos, meus sinos! Não há
nada que soe tão bem como a palavra
sino se a penduramos num
campanário junto ao mar. E depois
vá até as pedras e grave a
arrebentação das ondas.
E se ouvir
gaivotas, grave.
E se ouvir
o silêncio das estrelas siderais, grave.

[…]

do filme «O Carteiro de Pablo Neruda»
(não sei o autor)