Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Deambulando
"Hoje vou apanhar as folhas mortas, ou se calhar vou seguir a folha vermelha do carvalho silvetre até ao rio...ou se calhar não." Evelyn Lang
1 comentário:
Palavra-despertador, "deambulando" recordou-me o poeta que viveu os últimos anos deambulando como sem-abrigo pela cidade de Braga:
Epílogo
Fui
hóspede desta mansão
na encruzilhada
dos meus sentidos.
O verso apenas é,
transversal e findo,
o poleiro evocativo
da ave do meu canto.
Essa ave em que o Outono
se perfila
e, cada vez mais exígua
no rumo e nas vigílias
do seu bando,
de súbito, espirala
até sumir-se
num país imaginário.
Sebastião Alba
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