segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Escoava-se o dia no farol da Nazaré...


7 comentários:

josé luís disse...

escrivaninha, grande foto!

(e sempre é mais uma particulazita daquelas...)

(já experimentou editar esta foto a preto&branco?)

Ninguém.pt disse...


Noite de saudade


A noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura...

Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura...
E eu oiço a noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a noite escura!

Porque és assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó noite, em ti existe
Uma saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu sei donde me vem...
Talvez de ti, ó noite!... Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!


Florbela Espanca

Escrivaninha disse...

Obrigada, josé luis.
A preto&brancon...nunca pensei nisso...se eu me esforcei para captar as cores que fugiam...

Escrivaninha disse...

Mestre:
Eu sempre sinto que um pôr do sol antecipa uma saudade do dia, que ainda ali está...

Ninguém.pt disse...

Uma saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu sei donde me vem...
[…]
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!


Saudades do dia? Huuuummm, cá para mim não foi isso qu'ela quis dizer...

Escrivaninha disse...

A poetisa não terá querido dizer isso, mas a fotógrafa, sim.
E não deixa de ser curioso que só agora eu tenha consciência disso...
Mas as fotos são de momentos, com dia e hora e sentimentos.

Ninguém.pt disse...

Não leve a escrivaninha à letra... eu estava brincando!

(Ou atirando barro a uma parede...)