Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
domingo, 13 de dezembro de 2009
Domingo
Um dia longe de Liliput, a brincar com os meninos do meu tamanho...
Abrindo um antigo caderno foi que eu descobri: Antigamente eu era eterno. • . • A vocês, eu deixo o sono. O sonho, não! Este eu mesmo carrego! • . • se nem for terra se trans for mar • . • Haja hoje para tanto ontem. • . • Isso de ser exactamente o que se é ainda vai nos levar além. • . • cortinas de seda o vento entra sem pedir licença • . • Saber é pouco Como é que a água do mar Entra dentro do coco? • . • Amar é um elo Entre o azul E o amarelo
2 comentários:
Gulliver
gosta disto
Liliputianos são os haicais, poemitas bem bons...
Paulo Leminski
Abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno.
• . •
A vocês, eu deixo o sono.
O sonho, não!
Este eu mesmo carrego!
• . •
se
nem
for
terra
se
trans
for
mar
• . •
Haja hoje para tanto ontem.
• . •
Isso de ser exactamente o que se é ainda vai nos levar além.
• . •
cortinas de seda
o vento entra
sem pedir licença
• . •
Saber é pouco
Como é que a água do mar
Entra dentro do coco?
• . •
Amar é um elo
Entre o azul
E o amarelo
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