Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
domingo, 20 de junho de 2010
Tenho uma borboleta azul na garganta que esvoaça no silêncio do telefone
3 comentários:
Perturbação
Quando estou, quando estou apaixonado
Tão fora de mim eu vivo
Que nem sei se vivo ou morto
Quando estou apaixonado.
Não pode a fera comigo
Quando estou, quando estou apaixonado,
Mas me derrota a formiga
Se é que estou apaixonado.
Estarei, quem, e entende, apaixonado
Neste arco de danação?
Ou é a morta paixão
Que me deixa, que me deixa neste estado?
Carlos Drummond de Andrade
Gostei muito desta perturbação.
Vou guardar no Salvo Seja!
Obrigada.
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