O meu gato também não, mas tem uma marcada para amanhã de manhã.
E eu olho para ele com tanta pena e tantos sentimentos de culpa que ele já percebeu e vai explorando - exigindo festas e comida - mesmo sem saber a razão do favorecimento.
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
2 comentários:
'Tadito do gato! Tem toda a minha solidariedade de macho...
Só de pensar nisso já a mim me dói!
Boa sorte para o bicho, que vai agora começar o processo de engorda...
Nem aí...
Indiferente
ao suposto prestígio literário
e ao trabalho
do poeta,
à difícil faina
a que se entrega para
inventar o dizível,
sobe à mesa
o gatinho
se espreguiça
e deita-se e
adormece
em cima do poema
Ferreira Gullar
Ai, que poema fofinho.
Eu também não estou muito animada com a atitude, mas a gata residente tem idade e prestígio para ser bisavó dele: há que ter decoro, caramba!
Enviar um comentário