quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Todos

os que por aqui passam (que sempre vou sabendo que são mais do que os que aparecem), os Pais Natais, as Mães Natais, os Irmãos Natais, os Sobrinhos Natais e a todos os Filhos do Pai e da Mãe, desejo um Muito Feliz Natal!

Beijinhos!

2 comentários:

Ninguém.pt disse...

Miss, muito boas festas, doces, afectivamente quentes e ternamente sorridentes.

Mais um poema natalício, desta vez do vulcão açoriano:


Falavam-me de amor


Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.


Natália Correia

Beijito.

Ninguém.pt disse...

Então, Miss, ainda digerindo todas aquelas maravilhas da consoada?

Vim deixar-lhe um sorriso escrito pelo Fernando Pessoa. Pode ser usado todo o ano, embora o tema seja o Natal, mas quem terá a perspicácia suficiente para saber que a Miss anda com o sorriso natalício quando a Primavera chegar? E que notem, copiar é o melhor remédio...

Chove. É dia de Natal

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal.
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.


(Fernando Pessoa)

Beijito.