Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
É, Miss, é uma linda canção, cantada e recantada por tantos e que soa sempre nova — mistério que apenas as grandes canções albergam...
O que a canção não diz, talvez por a coisa não ser entendível na altura em que ela foi escrita, é que há uma ligação muito grande entre os dois factos: quanto mais se desafina mais bate o coração e vice-versa...
2 comentários:
É, Miss, é uma linda canção, cantada e recantada por tantos e que soa sempre nova — mistério que apenas as grandes canções albergam...
O que a canção não diz, talvez por a coisa não ser entendível na altura em que ela foi escrita, é que há uma ligação muito grande entre os dois factos: quanto mais se desafina mais bate o coração e vice-versa...
Beijito.
Rondeau
Faz noite em meu coração.
Tenho sono de dormir.
Já me esqueci do porvir.
Não demorem muito, então!
Que o Bi fez chichi no chão.
Não precisam consentir.
Basta-lhe só comichão.
Na cara esfregou o pão
E a manteiga no sorrir,
E fez um chichi no chão.
Vendo bem, e com razão,
Onde o faria? (Advertir
Que o penico é para rir)
No tecto? Claro que não.
O Bi fez chichi no chão.
Envoy
Princesa, este mundo a ir
Para o nada é um sonho vão.
Mande uma (com um esfregão)
Dama de honor aqui vir
Que o Bi fez chichi no chão.
Fernando Pessoa
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