E os cemitérios transformam-se em jardins floridos, altares dos que habitam a nossa memória.
Um dos primeiros sinais da «hominização do Homem» é a existência de sepulturas, que, por analogia com as sociedades posteriores, associamos a um culto dos mortos pelas sociedades dos vivos.
É um bom dia para visitar um cemitério.
1 comentário:
Balada de Pedro Nava
(O anjo e o túmulo)
Meu amigo Pedro Nava
Em que navio embarcou:
A bordo do Westphalia
Ou a bordo do Lidador?
Em que antárticas espumas
Navega o navegador
Em que brahmas, em que brumas
Pedro Nava se afogou?
Juro que estava comigo
Há coisa de não faz muito
Enchendo bem a caveira
Ao seu eterno defunto.
Ou não era Pedro Nava
Quem me falava aqui junto
Não era o Nava de fato
Nem era o Nava defunto?...
Se o tivesse aqui comigo
Tudo se solucionava
Diria ao garçom: Escanção!
Uma pedra a Pedro Nava!
Uma pedra a Pedro Nava
Nessa pedra uma inscrição:
"— deste que muito te amava
teu amigo, teu irmão..."
Mas oh, não! que ele não morra
Sem escutar meu segredo
Estou nas garras da Cachorra
Vou ficar louco de medo
Preciso muito falar-lhe
Antes que chegue amanhã:
Pedro Nava, meu amigo
DESCEU O LEVIATÃ!
Vinícius de Morais
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