Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
domingo, 7 de novembro de 2010
De Alma Lavada
por uma interessante Conferência do Professor Rui Vieira Nery, no Armazém das Artes, em Alcobaça, sobre As Músicas da República.
O "Saber" e o "Saber Dizer" deste musicólogo são notáveis!
Tenho escrito mais versos que verdade. Tenho escrito principalmente Porque outros têm escrito. Se nunca tivesse havido poetas no mundo, Seria eu capaz de ser o primeiro? Nunca! Seria um indivíduo perfeitamente consentível, Teria casa própria e moral. Senhora Gertrudes! Limpou mal este quarto: Tire-me essas ideias de aqui!
1 comentário:
Quando vi o título até me assustei: querem ver que inventaram uma máquina para lavar almas?
Mas não, felizmente foi pelo método tradicional do banho cultural...
Tenho escrito mais versos que verdade
Tenho escrito mais versos que verdade.
Tenho escrito principalmente
Porque outros têm escrito.
Se nunca tivesse havido poetas no mundo,
Seria eu capaz de ser o primeiro?
Nunca!
Seria um indivíduo perfeitamente consentível,
Teria casa própria e moral.
Senhora Gertrudes!
Limpou mal este quarto:
Tire-me essas ideias de aqui!
Álvaro de Campos
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