domingo, 14 de novembro de 2010

Raciocínio dedutivo? Revela claramente!

colhido em De Rerum Natura

6 comentários:

Ninguém.pt disse...

P.S. (pré-scriptum): já coloquei o capacete...

Acho que falta uma vírgula na resposta do miúdo... E também acho que pelo atrevimento ele deve ser castigado, pois não se chama isso a uma professora!

Mesmo quando a pergunta dela está mal feita — porque não se pergunta "quem" é o sujeito de uma oração, mas "qual"...

Pronto, pronto, já estou de saída!...

Escrivaninha disse...

Apre!

Eu tinha um colega assim: questionava sempre «os pressupostos da anedota», acabando, quase sempre, por destruir a piada.

Irritava-me um bocado...mas desde que ele se reformou nunca mais contei anedotas na escola. :-(

Ninguém.pt disse...

Agora é que não percebi nada...

Então quando o destruidor de anedotas se pirou é que a Miss deixou de contar anedotas?

Deveria ter retomado, não era?

Mas, já agora, tem alguma coisa contra o facto de as anedotas não conterem erros? Ficam com menos piada, é?

Quando a graça está no erro, tudo bem, é anedota. Mas quando o erro está na graça tira a piada toda, não acha?

Escrivaninha disse...

Ele destruía os fundamentos da anedota porque tinha ouvido tudo atentamente e tinha percebido. Desde que ele se reformou não vale a pena contar anedotas: os professores vivem assoberbados a preencher impressos e falam sozinhos com os écrans dos computadores para aproveitar o tempo dos intervalos ou horas de espera para mais uma reunião. Ah...posso ainda falar dos problemas de criar um filho e/ou tentar manter a linha, mas não me apetece.Sobre os alunos escrevo porque se é importante tem de ficar registado numa qualquer grelha, se não é desse teor ninguém quer ouvir e eu, "recolho o meu espírito."

Ninguém.pt disse...

Entendido!

Está a ver a falta que faz um desmancha-anedotas?

Os outros ouvintes se calhar não se riem para não ganharem rugas de expressão...

Para amenizar, vou dar à Miss a hipótese de desmanchar uma anedota, já que poderá pisar o risco dos seus saberes...

(Eu fico sempre defendido, pois não sou o autor.)

Velha anedota

Tertuliano, frívolo peralta,
que foi um paspalhão desde fedelho,
tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
tipo que, morto, não faria falta;

lá num dia deixou de andar à malta,
e indo à casa do pai, honrado velho,
a sós na sala, em frente de um espelho,
à própria imagem disse em voz bem alta:

«Tertuliano és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso!
Que mais no mundo se te faz preciso?»

Penetrando na sala, o pai sisudo,
que por trás da cortina ouvira tudo,
serenamente respondeu: "Juízo!"


Artur Azevedo

(Percebe agora porque é que nunca faço figuras desta ao espelho?)

Escrivaninha disse...

:-)