Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Não mata...mas mói!
Mas há a vida
Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.
Quando o amor o chamar Se guie Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados E quando ele vos envolver com suas asas Cedei-lhe Embora a espada oculta na sua plumagem possa feri-vos E quando ele vos falar Acreditai nele Embora a sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim Pois da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica E da mesma forma que contribui para o vosso crescimento Trabalha para vossa poda E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol Assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra Como feixes de trigo ele vos aperta junto ao seu coração Ele vos debulha para expor a vossa nudez Ele vos peneira para libertar-vos das palhas Ele vos mói até extrema brancura Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis Então ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino Todas essas coisas o amor operará em vós para que conheçais os segredos de vossos corações E com esse conhecimento vos convertais no pão místico do banquete divino Todavia se no vosso temor procurardes somente a paz do amor, o gozo do amor Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez, abandonásseis a ira do amor Para entrar num mundo sem estações onde rireis, mas não todos os vossos risos E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas O amor nada dá, se não de si próprio E nada recebe, se não de si próprio O amor não possui nem se deixa possuir Pois o amor basta-se a si mesmo Quando um de vós ama, que não diga 'Deus está no meu coração' Mas que diga antes 'Eu estou no coração de Deus' E não imagineis que possais dirigir o curso do amor pois o amor se vos achar dignos determinará ele próprio vosso curso O amor não tem outro desejo se não o de atingir a sua plenitude Se contudo amardes e precisardes ter desejos Sejam estes os vossos desejos De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho que canta sua melodia para a noite De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor E de sangrardes de boa vontade e com alegria De acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor De descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o êxtase do amor De voltardes pra casa à noite com gratidão E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado E nos lábios uma canção de bem-aventurança
3 comentários:
Amor
Quando o amor o chamar
Se guie
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados
E quando ele vos envolver com suas asas
Cedei-lhe
Embora a espada oculta na sua plumagem possa feri-vos
E quando ele vos falar
Acreditai nele
Embora a sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim
Pois da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica
E da mesma forma que contribui para o vosso crescimento
Trabalha para vossa poda
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol
Assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra
Como feixes de trigo ele vos aperta junto ao seu coração
Ele vos debulha para expor a vossa nudez
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas
Ele vos mói até extrema brancura
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis
Então ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino
Todas essas coisas o amor operará em vós para que conheçais os segredos de vossos corações
E com esse conhecimento vos convertais no pão místico do banquete divino
Todavia se no vosso temor procurardes somente a paz do amor, o gozo do amor
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez, abandonásseis a ira do amor
Para entrar num mundo sem estações onde rireis, mas não todos os vossos risos
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas
O amor nada dá, se não de si próprio
E nada recebe, se não de si próprio
O amor não possui nem se deixa possuir
Pois o amor basta-se a si mesmo
Quando um de vós ama, que não diga 'Deus está no meu coração'
Mas que diga antes 'Eu estou no coração de Deus'
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor pois o amor se vos achar dignos determinará ele próprio vosso curso
O amor não tem outro desejo se não o de atingir a sua plenitude
Se contudo amardes e precisardes ter desejos
Sejam estes os vossos desejos
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho que canta sua melodia para a noite
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria
De acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor
De descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o êxtase do amor
De voltardes pra casa à noite com gratidão
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado
E nos lábios uma canção de bem-aventurança
Poema árabe de autor desconhecido
(Que curiosidade... Quando chega o advogado?)
o que não mata nem mói um bocadinho
é um bom e feliz são martinho!
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