Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Quem não sonha ser uma feiticeira destas? Com sons e tons que evocam outros tempos...As brumas da Idade Média, as migrações dos povos e as crenças...
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6 comentários:
Digades...
— Digades, filha, mia filha velida:
porque tardastes na fontana fría?
Os amores hei.
Digades, filha, mia filha louçana:
porque tardastes na fría fontana?
Os amores hei.
— Tardei, mia madre, na fontana fría,
cervos do monte a augua volvían.
Os amores hei.
Tardei, mia madre, na fría fontana,
cervos do monte volvían a augua.
Os amores hei.
— Mentir, mia filha, mentir por amigo!
Nunca vi cervo que volvess'o río.
Os amores hei.
Mentir, mia filha, mentir por amado!
Nunca vi cervo que volvess'o alto.
Os amores hei.
Pero Meogo
«Ai Deus! E hu é?»
acho que o é está mal escrito: eh, eh, eh!
Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
’Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Olavo Bilac
It's the power of love:
"Love is like an energy
rushin' rushin' inside of me"
Frankie Goes to Hollywood
Viver na Beira-Mar
Nunca o mar foi tão ávido
quanto a minha boca. Era eu
quem o bebia. Quando o mar
no horizonte desaparecia e a areia férvida
não tinha fim sob as passadas,
e o caos se harmonizava enfim
com a ordem, eu
havia convulsamente
e tão serena bebido o mar.
Fiama Hasse Pais Brandão
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