sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Exemplos

Sean Connery fez 80 anos e anunciou que vai reformar-se.

São gajos destes que dão cabo de tudo: com exemplos destes, como é que podemos ter esperança de nos reformarmos antes dos 100 anos? E o Manoel de Oliveira? Mesmo aqui no país?

Espero que tenham em conta que o Sean Connery era Santo e Agente Secreto com 7 vidas próprias + 3 oferecidas pelo governo inglês...

Não sei...fico muito preocupada com estas figuras públicas que não percebem a enormidade de suas vidas!

6 comentários:

Ninguém.pt disse...

Improviso para servir de baloiço...

Escrevi hoje palavras que não leste

palavras que não tiveram destino

afogadas na corrente deste rio

que corre à solta entre nós

não há palavras que salvem as noites

do deserto

mas há palavras que mudam a vida

quando simplesmente baloiçamos nelas.


Ademar Santos

(Se me permite, Miss, falta uma palavrita ao duo liberdade-auto-confiança: cortesia.)

Sonhos felizes, com praias ensolaradas...

Escrivaninha disse...

Não me atrevo a comentar...

Mas agradeço e retribuo os desejos de sonhos ensolarados; a dormir e acordado. Especialmente estes últimos, que aquecem e iluminam o quotidiano, livrando-nos do pó do dia-a-dia. Palavra de Móvel!

Ninguém.pt disse...

Já agora, não conhecia este autor, Ademar Santos?

Um grande professor recentemente falecido, que chegou a dirigir a conhecida Escola da Ponte.

Durante muito tempo tive o prazer de acompanhar o blogue que profusamente alimentava — embora não estivesse de acordo com ele em quase nada.

Mas foi um grande ser humano!

Escrivaninha disse...

Pois tenho estado a informar-me sobre isso e a ler o blogue dele. Fiquei um bocadinho impressionada com o último post...

Mas isso do Mestre não estar de acordo com ele, devia ser um problema dele, com certeza! :-)

Ninguém.pt disse...

Claro que não, caríssimo móvel!

Faz parte da doença congénita que me atormenta — sou sempre do contra e raramente estou de acordo...

Além disso, ele acreditava em líderes iluminados e eu apaguei os meus há tempos — nem de vela acesa creio neles.

E fixe este axioma: quando há discordância, sou sempre eu o culpado.

Ninguém.pt disse...


Sempre um de nós


Sempre um de nós
foge. Sombria água
trépida e contínua
água em céu diverso
como diversa eu sou
chão sem flor.

Vã palavra, múltipla
palavra, longínqua
semente entre o arco
e a corda. Nada sara
em meu cego corpo
eu que imagem sou,
não alegoria.

Tremor antigo, árvore
sem fruto, nada resiste
nesta cidade sem casa
- só a garça chega em seu
liso voo porque o tempo
nunca é longo.


Ana Marques Gastão