Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
sábado, 28 de agosto de 2010
Existir
"Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir."
Eu corro atrás da memória De certas coisas passadas Como de um conto de fadas, De uma velha, velha história...
Tão longe do que hoje sou Que nem sei se quem recorda Foi aquele que as passou, Ou se apenas as sonhou E agora, súbito, acorda.
Francisco Bugalho
Memória é coisa volátil, tão volátil que a do Saramago se volatizou... Mas a sentença dele faz sentido e até podia ter sido escrita por alguém decente. Obrigado por ma dar a conhecer, Miss.
Há pessoas que vão delineando a forma como querem ser recordados na memória da História. E, depois, há os que os conheceram, de facto e cuja memória das histórias vividas não os deixa esquecer... :-)
3 comentários:
Dúvida
Eu corro atrás da memória
De certas coisas passadas
Como de um conto de fadas,
De uma velha, velha história...
Tão longe do que hoje sou
Que nem sei se quem recorda
Foi aquele que as passou,
Ou se apenas as sonhou
E agora, súbito, acorda.
Francisco Bugalho
Memória é coisa volátil, tão volátil que a do Saramago se volatizou... Mas a sentença dele faz sentido e até podia ter sido escrita por alguém decente.
Obrigado por ma dar a conhecer, Miss.
Deixe lá o homem em paz!...
Há pessoas que vão delineando a forma como querem ser recordados na memória da História. E, depois, há os que os conheceram, de facto e cuja memória das histórias vividas não os deixa esquecer...
:-)
(Vou guardar este poema no Salvo Seja). Obrigada!
Náufrago…
Náufrago: em tua
vida oculta
se anuncia a luz.
Desenterrada
da sombra
uma nova alegria.
No silencioso ar
gritam os mortos
é aqui a terra.
Mas teu rosto
quebra o tédio imutável
o obscuro dialecto.
Despertas-me, escuto
o mar, o vento,
transparente como a noite.
Na semente dispersa
brota a memória
de uma dócil casa
conhecedora já
dos dramas do universo.
Ana Marques Gastão
(Miss, pode ficar calma que não roguei praga nenhuma ao homenzinho... que descanse em paz!)
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