Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
1 comentário:
Dizem que ela é a última a morrer...
A teia da esperança
A teia tecida
nas noites de esperança,
rasgada e ferida,
segue a nossa andança.
E juntos, mãos dadas,
olhamos pra ela,
vontades paradas,
quais barcos sem vela.
Amigo, que o braço
cansado de tédio
ergamos no espaço!
É esse o remédio.
Depois de cerzidas,
não ficam marcadas
profundas feridas
em teias rasgadas!
Isabel Gouveia
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