quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Museu de Portimão


Um Museu incomum: cheio de pessoas...comuns...

Prémio Conselho da Europa 2010.
Vale a pena visitar!

3 comentários:

Ninguém.pt disse...

Peço compreensão e perdão antecipado pelo 6.º verso...

Claro que é apenas a opinião da poetisa.


Esta gente / Essa gente

O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente
NENHUMA!

A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente


Ana Hatherly

Gosto muito deste poema. Tem gente dentro...

Escrivaninha disse...

É lindo!

E soube tão bem esta pausa na preparação da aula de História, que também procura mostrar toda a gente que deu origem à gente, que somos nós: toda a gente.

Ninguém.pt disse...

Boa sorte, Miss!

Não se gaste toda nessa tarefa, olhe que há mais mundo para além das aulas de História... (onde é que eu já ouvi algo assim?).

Gazetilha

Dos Lloyd Georges da Babilónia
Não reza a história nada.
Dos Briands da Assíria ou do Egipto,
Dos Trotskys de qualquer colónia
Grega ou romana já passada,
O nome é morto, inda que escrito.

Só o parvo dum poeta, ou um louco
Que fazia filosofia,
Ou um geómetra maduro,
Sobrevive a esse tanto pouco
Que está lá para trás no escuro
E nem a história já historia.

Ó grandes homens do Momento!
Ó grandes glórias a ferver
De quem a obscuridade foge!
Aproveitem sem pensamento!
Tratem da fama e do comer,
Que amanhã é dos loucos de hoje!


Álvaro de Campos