Na visita à cidade de Lisboa, hoje à tarde, o Professor explicava a toponímia, a estatuária, a organização dos espaços, salientava alguns edifícios...e nós ouvíamos.
Mas, quando passámos no Governo Civil, mesmo sem ter consciência, eu disse em voz alta e com cadência de guia: "E aqui é o Governo Civil, onde eu tirei, pela primeira vez o passaporte."
Percebi que o tinha dito quando as pessoas comentaram algo sobre passaportes...Fiquei um pouco envergonhada: O meu espírito continua a viajar!
2 comentários:
Este poeta nunca seria um bom agente de viagens...
Para além da curva da estrada
Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.
Alberto Caeiro
Uma noção de «carpe diem» levada ao exagero!
Talvez uma defesa para evitar expectativas defraudadas...
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