segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Até para o ano...

Saí para o terraço ao entardecer (a minha hora preferida do dia).

Recolhi o bikini do estendal, pensando que talvez não o use mais este ano, mas ontem estava tão bom na praia!...

Olho para o relógio e penso que tenho de decidir o jantar. Talvez uma sopa... Corro ao lugar e compro cenouras, courgettes e feijão verde.

A casa cheira a sopa agora. E eu penso que isso significa que estou preparada para o Inverno.

O Verão, termina, cá em casa, com a primeira panela de sopa. E este ano começou hoje.

5 comentários:

Ninguém.pt disse...

Palavras-despertador, verão+terminou...

http://www.youtube.com/watch?v=n1piuZv34yA


Verão


Como tudo o que acaba
Como pedra rolando duma fraga
Como fumo subindo no ar

Assim estou quase indiferente
Caminhando sem mais notar a gente
Que por mim vejo passar

O Verão já terminou
Foi um sonho que findou
Não interessa mais pensar

Assim deixo esta tristeza
Vogando embalado na certeza
Que o Verão há-de voltar

E o Verão que sonho perto
Vai trazer para mim eu sei de certo
Aquilo que este agora veio tirar


José Alberto Diogo

(Sim, o Carlos Mendes já foi assim, já dançou assim, já fez ahahahahah assim!)

Escrivaninha disse...

Mas melhorou muito! :-)

Quando eu comecei a ver televisão ele já tinha passado esta fase...

Ninguém.pt disse...

Vantagem de ser muito nova... apanhou-nos a todos mais velhos!

E, para que lhe vejamos o sorriso:

Poeminha da negação da afirmação

Sou um homem bem comum
sem nenhuma aspiração.
Não quero ser general
e muito menos sultão.
Sou moderado de gastos,
de ambição reduzida,
não sonho ser big-shot
estou contente da vida.
Nunca invejei o próximo
nem lhe cobiço a mulher,
pego o meu lugar na fila
e seja o que Deus quiser.
Não sou mau pai, nem mau esposo,
Grosseiro nem invejoso
— só um pouco mentiroso.


Millôr Fernandes

Escrivaninha disse...

:-)

Boa noite, Mestre, sonhe que está «contente da vida». Beijito.

Ninguém.pt disse...


Sopa


Vi um homem famoso comer sopa.
Vi que levava à boca o gorduroso caldo
com uma colher.
Todos os dias o seu nome aparecia nos jornais
em grandes parangonas
e milhares de pessoas era dele que falavam.
Mas quando o vi,
estava sentado, com o queixo enfiado no prato,
e levava a sopa à boca
com uma colher.


Carl Sandburg
(tradução de Alexandre O'Neill)