terça-feira, 8 de setembro de 2009

Votar é um Direito e um Dever Cívico

Achei que alguém devia dizer isto...
Especialmente depois de ter visto a versão masculina do anúncio do voto - sim, para além de mau, em geral, também é sexista, em particular. Então é assim: para as mulheres apela-se ao penteado e para os homens ao uso do fato e gravata.
Não é uma questão de igualdade, pois para essa o slogan que recordo em epígrafe servia perfeitamente. Deve ser por causa da paridade...que é aquela que evoca quem os pariu a todos.
Que vergonha!

2 comentários:

Ninguém.pt disse...

Votar é direito que nunca deixei de exercer, talvez porque tenha começado a fazê-lo quando tudo era tirado a quem não levava o boletim do poder: o nome, as impressões digitais...

Mas ao votar devemos "ler" a realidade:

Retrato do povo de Lisboa

É da torre mais alta do meu pranto
que eu canto este meu sangue este meu povo.
Dessa torre maior em que apenas sou grande
por me cantar de novo.

Cantar como quem despe a ganga da tristeza
e põe a nu a espádua da saudade
chama que nasce e cresce e morre acesa
em plena liberdade.

É da voz do meu povo uma criança
seminua nas docas de Lisboa
que eu ganho a minha voz
caldo verde sem esperança
laranja de humildade
amarga lança
até que a voz me doa.

Mas nunca se dói só quem a cantar magoa
dói-me o Tejo vazio dói-me a miséria
apunhalada na garganta.
Dói-me o sangue vencido a nódoa negra
punhada no meu canto.


Ary dos Santos

Escrivaninha disse...

Também nunca faltei a uma chamada do dever cívico, que tomo, muito a sério, como um direito.
Ah, perdão, não compareci uma vez, nas eleições para o órgão de gestão da minha escola, mas a lista era única. Não me parece, aí, que tenha sido eu a fazer perigar a democracia...
Mas, se calhar também fui, pois agora devido à complacência de todos, o sistema é outro e eu já não sou chamada a opinar.