Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
domingo, 13 de setembro de 2009
Se bem que a estrela do dia vai ser A GRIPE, claro. Parece que agora vamos todos ter que lavar as mãos... Parece é que dantes não lavavam as mãos... Mas isto é a gente a falar...
No verão, os mastros têm o brilho intenso do sal e da água. E são como as tuas mãos: levemente inquietas, levemente acesas, levemente inocentes. Não sei o que procuro nos teus olhos. Talvez uma pretérita adolescência. Ou um mar. Ou um barco feito às ondas. O que digo pode parecer paradoxal. Encostada ao passado, o coração tornou-se-me tão frágil e, simultaneamente tão cruel. Mas os teus olhos, os teus olhos perpetuam nos meus a claridade das manhãs, a chegada dos pássaros e este estranho fascínio de te amar.
1 comentário:
Serão as mãos o verdadeiro espelho da alma? Suspeito que sim...
As mãos, os barcos, o olhar
No verão, os mastros têm o brilho
intenso do sal e da água.
E são como as tuas mãos:
levemente inquietas,
levemente acesas,
levemente inocentes.
Não sei o que procuro nos teus olhos.
Talvez uma pretérita adolescência.
Ou um mar.
Ou um barco feito às ondas.
O que digo pode parecer paradoxal.
Encostada ao passado,
o coração tornou-se-me tão frágil
e, simultaneamente tão cruel.
Mas os teus olhos,
os teus olhos perpetuam nos meus
a claridade das manhãs,
a chegada dos pássaros
e este estranho fascínio de te amar.
Graça Pires
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