A Escola é dos miúdos e sem eles não tem sentido!
Ontem, lá estavam todos: Muitos «olás», muitas novidades - Como eles cresceram!...
E, ontem, tudo voltou a fazer sentido.
A alegria deles é fonte de vida.
Mesmo numa escola cinzenta, engripada por antecipação, em quarentena do pensamento que não nos permite perspectivar o ridículo das histerias sociais e nos faz embarcar no politicamente correcto, que arrasta tudo na lama que sufoca o entusiasmo.
Tenho pena de já ter perdido a frescura que eles têm, mas orgulho-me de ainda me lembrar que a tive.
Não há nada pior que adultos sem memória!
Afinal, ontem, ainda consegui trautear a minha canção: talvez a «estrela na mão direita» tenha um ar antiquado, mas os ««olhos grandes estão lá e a vontade de aprender também; que tem de ser disfarçada, é bem de ver, não vão os profs pensar que eles gostam daquilo, que não estão todos de acordo que a escola é uma seca...
Afinal, eles ontem devolveram-me o entusiasmo, que já me pôs hoje a seleccionar os livros, as frases e as músicas, com que estou a encenar a minha abertura de ano lectivo.
O futuro não está perdido, se alguns deles conseguirem manter a memória quando crescerem e os «olhos grandes» com que olhar à volta.
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