"É preciso uma pessoa ter disponibilidade mental, que é o que não se consegue hoje em Lisboa, nem se tem no meio ambiente de toda a Comunicação Social. Nas redacções está-se submetido a ritmos muito intensos - há um novo esclavagismo - e eu fui para os jornais para trabalhar por prazer e não por obrigação. Em meados da década de 60, quando comecei, as redacções eram cheias de vitalidade. Hoje, ninguém emite opiniões, ninguém ri, ninguém discute, transformaram-se nos túmulos do medo, até porque os jornalistas estão todos com contratos a prazo. É a coisa menos criativa que existe."
Fernando Dacosta, Entrevista à revista da Sociedade Portuguesa de Autores
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