Esperguicei-me devagarinho...estendi o braços fora do lençol e ouvi aquele som tão característico...para cima e para baixo, para um lado e para o outro.
Comecei a sorrir.- Não sabia que ainda havia amoladores!...Será que ainda têm trabalho?...Não sei como se chama aquilo que tocam, mas quando era pequenina diziam que anunciava a chuva.
Mas hoje...hoje, celebrava o dia a tirar o impermeável depois das chuvadas da noite.
Os pássaros cantavam muito, muito, e eu comecei a imaginá-los a espanejarem-se sobre as folhas das árvores, cheias de gotinhas...
O dia correu bem, tão bem, que agora, na hora de deitar, me lembrei do meu esperguiçar da manhã...que eu queria que fosse todos os dias assim.
Ontem, quando atirei com os ossos para cima da cama, vencida pelo cansaço, lembro-me de ter pensado "Que se lixe!"
Hoje, de manhã, perante aquele hino da Natureza, o som meio recordado do amolador (não sei como se chama o instrumento que ele toca) e o sentir-me bem...pensei que ontem deveria ter tido como último pensamento da noite algo mais cristão, mais bonito, mais...sei lá...
Vou corrigir agora: Até amanhã se Deus quiser!
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