quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Olhar o Céu



Sem preencher grelhas de observação...

5 comentários:

josé luís disse...

... e que céu é este, captado tão sorrateiramente?

Escrivaninha disse...

Se calhar devia ter preenchido a grelha...com as coordenadas. :-)(o meu sorriso tem nariz, porque eu também sou muito «senhora do meu»)
Continuo nas memórias da viagem a Viseu e arredores.

josé luís disse...

seguindo o seu raciocínio, vou passar a sorrir assim:

:--)


e isto é mesmo engraçado, um elefante a sorrir deve ser assim:

:-----------)

Ninguém.pt disse...


O nada. Sobretudo na fase de exaltação


Os ramos de árvores despidos que nos lembram
o nada. Sobretudo na fase de exaltação
do espírito. Com a cabeça encostada
aos vidros altos.

Simultaneamente procurar o centro
da irradiação. O sol matinal com os seus hiatos
preenchidos por casas. Ameias onde se
invertem os vértices do horizonte.
Sol magnânimo

fixo sobre as árvores abençoadas sem
folhas. Infinitos pormenores visíveis e
espaços audíveis preenchem a hora exaltada.
Ponto profusamente cheio. Um fino
silêncio exterior

sinal do nada circundante. Graveto
junto de graveto cruzados para além do fim
da perspectiva. Um significado diverso
naquelas ameias em outros planos. O nada
sempre coeso. Uma respiração intangível
e sem sombras.


Fiama Hasse Pais Brandão

Ninguém.pt disse...

A propósito de céu...

Um homem muito friorento morre. Como teve uma vida exemplar, vai directamente para o Paraíso. Ao fim de algum tempo diz a São Pedro:
— Está muito frio aqui. Não há um sítio mais quente?
São Pedro manda-o para o Purgatório. Pouco depois, ele volta:
— Faz muito frio no Purgatório. Não há nada mais quente?
— Só o Inferno — diz São Pedro —, mas aquilo é terrível.
— Não interessa, vou tentar.
Passam três meses e não há notícias do homem. Um pouco inquieto com o que teria acontecido, São Pedro decide ir ter com o Diabo e pergunta-lhe o que aconteceu ao friorento.
— Está ali — diz o Diabo, abrindo a porta do Inferno.
No meio das chamas, São Pedro vê ao fundo uma silhueta toda encolhida. É o homem, que grita:
— Fechem a porta, porra!