"- Boa tarde. Eu sou a Escrivaninha, salvo seja.
O homem, grisalho, levantou os olhos do livro de poesia estrangeira que folheava e olhou (entre o receoso e o interrogativo) para mim.
- Desculpe, confundi-o com outra pessoa...
Estuguei o passo até à escada rolante.
Creio que não respirei até me encontrar na rua, até sentir o frio do Chiado, onde o sol desmaiava.
Só então ousei fazer-me a pergunta..."
1 comentário:
há coisas muito curiosas... mesmo!
O homem, grisalho, não levantou os olhos do livro de poesia estrangeira que folheava, perdido como sempre entre as estantes da fnac e da bertrand à hora de almoço, sobretudo às sextas-feiras (pois para ele, sendo também borges, o paraíso deve ser uma espécie de biblioteca...), mas sentiu que alguém - apenas por um instante - lhe poderia ter dirigido a palavra.
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