Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
sábado, 28 de novembro de 2009
Aviso à Navegação Neste Blogue
Apesar da existência (saudada) de novos comentadores, a ausência dos anteriores não deixa de ser sentida com pesar. Agradecemos a vossa compreensão.
Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.
{considerando-me um novo comentador, creio não me ser dirigido este aviso à navegação, pelo que me abstenho de aqui deixar qualquer comentário...} ;--)
Ah,Mestre! Um dia quero ser assim: ter a sabedoria de encontrar as palavras certas, para, com brandura e firmeza, mostrar aos outros que têm de me respeitar como sou, que aquilo que parece nem sempre é e que a amizade não necessita de provas materias para existir. Doravante vou procurar sentir a(s) ausência(s) no sentido que me ensinou e dançar com elas "sem corpo visível". Acredite que não sabe a dimensão que esta mensagem teve hoje para mim, a lição que se revelou e a forma como alguns dos meus amigos agradecerão a sua elegância e sabedoria. Obrigada, Mestre!
3 comentários:
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
{considerando-me um novo comentador, creio não me ser dirigido este aviso à navegação, pelo que me abstenho de aqui deixar qualquer comentário...}
;--)
Ah,Mestre! Um dia quero ser assim: ter a sabedoria de encontrar as palavras certas, para, com brandura e firmeza, mostrar aos outros que têm de me respeitar como sou, que aquilo que parece nem sempre é e que a amizade não necessita de provas materias para existir.
Doravante vou procurar sentir a(s) ausência(s) no sentido que me ensinou e dançar com elas "sem corpo visível".
Acredite que não sabe a dimensão que esta mensagem teve hoje para mim, a lição que se revelou e a forma como alguns dos meus amigos agradecerão a sua elegância e sabedoria.
Obrigada, Mestre!
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