Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Estou sozinha se penso que tu existes. Não tenho dados de ti, nem tenho tua vizinhança. E igualmente sozinha se tu não existes. De que me adiantam Poemas ou narrativas buscando
Aquilo, que se não é, não existe Ou se existe, então se esconde Em sumidouros e cimos, nomenclaturas
Naquelas não evidências Da matemática pura? É preciso conhecer Com precisão para amar? Não te conheço.
Só sei que me desmereço se não sangro. Só sei que fico afastada De uns fios de conhecimento, se não tento.
4 comentários:
também tenho.
{e tu, não tens? ;)}
Tenho, pois. Irrefutáveis! :-(
Sozinha…
Estou sozinha se penso que tu existes.
Não tenho dados de ti, nem tenho tua vizinhança.
E igualmente sozinha se tu não existes.
De que me adiantam
Poemas ou narrativas buscando
Aquilo, que se não é, não existe
Ou se existe, então se esconde
Em sumidouros e cimos, nomenclaturas
Naquelas não evidências
Da matemática pura? É preciso conhecer
Com precisão para amar? Não te conheço.
Só sei que me desmereço se não sangro.
Só sei que fico afastada
De uns fios de conhecimento, se não tento.
Estou sozinha, meu Deus, se te penso.
Hilda Hilst
Beijito, Miss.
Se calhar todos estamos sempre sozinhos...ou não...
Eu aprecio muito a companhia dos comentários!
Beijito.
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