Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
terça-feira, 31 de maio de 2011
"Sou incrivelmente paciente, desde que acabe por conseguir o que quero" Margaret Thatcher
2 comentários:
A propósito de paciência, a propósito de junho e de 5...
Esta gente
Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco
Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis
Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada
Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo
Sophia de Mello Breyner Andresen
Assim saibamos nós também recomeçar a busca. E que percamos a paciência, irra!
Beijito, Miss.
Já vamos na 3ª versão do acordo com a troika.
Quem nos terá troikado as voltas, ó ditoso povo de outrora? Ou essa do ditoso não passaria de efeitos especiais da megaprodução camoniana?
Beijito, Mestre
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