Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Não comerei da alface a verde pétala Nem da cenoura as hóstias desbotadas Deixarei as pastagens às manadas E a quem mais aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas Talvez pouco elegantes para um poeta Mas pêras e maçãs, deixo-as ao esteta Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois Nem como os coelhos, roedor; nasci Omnívoro; dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati E eu morrerei, feliz, do coração De ter vivido sem comer em vão
Vinícius de Morais
Cuidado, Miss, as dietas podem provocar depressões e as depressões levarem-nos ao frigorífico — logo, as dietas podem fazer-nos engordar...
Além disso, convém ter presente aquele exemplo clássico:
«Pois então a D. Maricota quer viver até aos 100... Deixe-me ver se a entendo... Diz a senhora que sexo não, quer uma vida saudável, sem promiscuidades. E álcool também não, que arruína o fígado. E comer, só verduras e pouco mais, que a gula provoca enfartes... Afinal, senão faz sexo, se não bebe e se não come, para que quer a senhora viver até aos 100 anos?»
Ainda não se conhece a resposta da D. Maricota, talvez se tenha até esquecido já da pergunta devido a um dos estrangeiros...
Beijito, Miss. E recomende ao ratito para não largar aquela coisa de repente que é capaz de aleijar...
2 comentários:
Repetir só deve ser evitado quando estamos de dieta, não inclui as poesias, ora não?
Sei que já aqui pus esta, mas volta a vir a propósito...
Não comerei…
Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem mais aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas pêras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro; dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei, feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão
Vinícius de Morais
Cuidado, Miss, as dietas podem provocar depressões e as depressões levarem-nos ao frigorífico — logo, as dietas podem fazer-nos engordar...
Além disso, convém ter presente aquele exemplo clássico:
«Pois então a D. Maricota quer viver até aos 100... Deixe-me ver se a entendo... Diz a senhora que sexo não, quer uma vida saudável, sem promiscuidades. E álcool também não, que arruína o fígado. E comer, só verduras e pouco mais, que a gula provoca enfartes... Afinal, senão faz sexo, se não bebe e se não come, para que quer a senhora viver até aos 100 anos?»
Ainda não se conhece a resposta da D. Maricota, talvez se tenha até esquecido já da pergunta devido a um dos estrangeiros...
Beijito, Miss.
E recomende ao ratito para não largar aquela coisa de repente que é capaz de aleijar...
não me diga que era este
http://poediapoedia.blogspot.com/2011/05/tisana-16-era-uma-vez-uma-palavra-que.html
o rato...
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