O cheiro da sopa e o som da chuva adornam a minha noite caseira de sábado.
Desisto da televisão.
Concentro-me em mais um som reconfortante: o ronronar da minha gata.
E é na palavra «lar» que me sento para me despedir de Abril, o da águas mil.
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
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