Se o Domingo de Páscoa não fosse uma data móvel, era hoje que eu completaria mais um aniversário.
Foi na noite de um domingo de Páscoa que eu nasci, quando a minha mãe tinha 33 anos - facto que ela, em dias de aguilhoada verbal, gostava de associar à data de crucificação de Cristo.
Parece que o parto foi muito menos complicado que a gravidez, culminando na desilusão de, afinal, ser mais uma menina a nascer.
A minha parteira vaticinou que eu era uma sobrevivente, pela forma tenaz como me agarrei à manga larga do seu casaco de malha.
Como parece que não há fadas madrinhas (só nas histórias de encantar...), gosto de recordar este vaticínio, como se de uma benção se tratasse.
Gosto de pensar que, habituada a ver nascer muitos bébés, ela saberia distinguir-lhes as qualidades em tempos em que não tinham sido ainda inventados os testes de Apgar.
Sobre a volatilidade da celebração da Páscoa, em tempos em que me cria jornalista, publiquei uma pesquisazinha, que resolvi salvar, aqui ao lado, no Salvo Seja.
Páscoa Feliz!
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