Marcel Proust
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
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1 comentário:
Verdade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez
Assim não era possível atingir toda verdade
a porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela,
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme seu capucho,
sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de Andrade
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